Uma opinião do passado, mas presente e crescente

Uma rede social me lembrou do que escrevi em 17/03/2016, e pela contemporaneidade do que foi escrito, trouxe aqui pro blog... continua sendo minha opinião, cada vírgula.

"(Já arrependido de ter escrito isso {por que nada muda} e certo de que os comentários distorcidos virão)

Mais uma vez, não dizendo que Lula é culpado ou inocente, só quero coerência, e não a encontro nessas terras.

O áudio da ligação dele com Dilma diz o que? Qual o crime cometido por eles? Qual a confissão? Alguém ouviu o áudio ou estão só papagaiando por ai?

As vezes acho (quase sempre, na verdade) que a massa televisionadamente orientada não presta atenção nas informações que chegam até ela, e vomitam seu ódio muito bem arquitetado pela "direita" (não acredito mais em direitas ou esquerdas, é tudo um bobolô de canalhas) sem o menor pudor.

A ligação deles não fala nada incriminador, pelo contrario, mostra revolta, e somente. Xingamentos? Sim, e daí? Quantos de vocês não tem xingado a presidente da república em diversos graus de ofensa, sem pudor, com adesivos obscenos nos seus carros "de família", falando da feiura dela (como se beleza fosse pré-requisito para governar {vide collor}), falando da sexualidade dela?

Dos vários lados que essa história tem, tem o povo que reconhece o benefício que o governo voltado pro social, vejo esse mesmo povo que assiste tv demais, vejo uma classe média e alta que quer seus privilégios de volta, vejo lunáticos (SIM, essa é a minha opinião! lunáticos que não pensam que seus filhos e netos podem morrer torturados daqui a uns anos se isso acontecer de verdade) pedindo intervenção militar, vejo idólatras do "bolsomito" pregando o ódio, vejo oportunistas de "direita", oportunistas de "esquerda", mais oportunistas, juízes de facebook, e em todos esses lados, gente que opina sem saber do que está falando. Isso aqui agora funciona na base da torcida organizada, por que o povo só pensa em futebol e novela, graças à nossa querida tv aberta "apartidária".

Ah, não posso esquecer dos justiceiros "incólumes de pecado", que bradam pelo fim da corrupção política mas furam fila, fingem dor de cabeça para passar na frente (entre outras doenças), traem, postergam, cumprem a lei do menor esforço, se beneficiam de conhecidos em estâncias publicas e privadas, tem empregos públicos e não trabalham como deveriam "por que não dá nada", pescam nas provas ( ops, já estive aí, hoje não mais! olha como a corrupção está entranhada na nossa cultura! nossas crianças aprendem desde cedo a enganar, tirar notas que não são delas por pura mediocridade! besteira? não! a roubalheira da lava jato começa aí!)... enfim! Vivem às custas do "jeitinho brasileiro" e acreditam que não são corruptos. A culpa da lama do país está nas suas costas.

Se lula é culpado, investiguem, achem o crime e punam, por que deve-se punir! Mas é absurdo, na minha opinião, o quão lateralizado está o agir da justiça! A nomeação do ministério mostra o que? Culpa? Talvez. Medo? Talvez. Talvez estejam fugindo do julgamento por uma estância (por que o julgamento não acaba, apenas muda quem julga), talvez sejam culpados mesmo, talvez estejam fugindo do golpe midiático, talvez estejam fugindo das provas falsas e testemunhas compradas por prêmios frutos de delações, talvez, talvez, talvez. Afinal, não fogem só os culpados (vide oriente médio).

Finalizando, farto dessa briga incoerente de torcidas, e quero os culpados na cadeia. Lula, Dilma, FHC, Aecio, Cunha, o escambau. investigue-se, prove-se e puna-se. E você pode opinar, todos temos esse direito! Mesmo se for um filho de empresário que assiste, do seu camarote, o país passar na avenida, sem se misturar no suor da pipoca. Mas primeiro, negão, vai estudar história, desliga a tv, lê e interpreta as informações que chegam até você, ouve com atenção os áudios que divulgam por ai, e pare de acreditar em tudo."

O problema é que de 2016 pra cá, só piorou, na minha opinião. 

Disponível em: https://www.fecomercio.com.br/noticia/brasil-fala-muito-sobre-corrupcao-mas-nao-discute-reformas-ou-solucoes-para-o-problema